Mauro Veríssimo
"Não posso dizer o que não sei, mas posso dizer que a amo intensamente. Minha vida, a ti pertence."
Textos
Manifesto Contra o Preconceito ao Flamenguista!


Aos que se dizem da alta sociedade e chamam os torcedores do Flamengo de mulambos, de ladrões, de gentinhas, eu tenho um recado. 

Pois bem, sou gentinha sim, sou do povo, sou rubro negro. 

Eu me sinto melhor assim do que ser de uma alta sociedade que rouba o país inteiro, manipula o mercado, a política e todos os meios de cultura e comunicação, para continuarem, ou seja, se perpetuarem no poder. Acho triste essa discriminação e vejo isso também como forma de preconceito contra as classes menos favorecidas, do direito de poderem escolher o time para torcer sem serem humilhadas por isso. Acho que, se desejam criticar, reclamar, ou seja o que for, reclamem do time do Flamengo, não dos torcedores, eles não jogam, eles não influenciam no resultado. Eles apenas torcem pela camisa que eles amam e admiram.

Pois bem, senhores da alta sociedade, se os senhores são tão cultos e tão honrados a ponto de serem superiores a nós, as massas, e desejam que isso acabe, comecem por acabar com a corrupção que vocês mesmos criaram nesse país, comecem a limpar os conceitos que fazem do nosso Estado, que é de vocês também, o que ele é atualmente, um mar de escândalos sucessivos de corrupção e lavagem de dinheiro sobre todas as esferas do poder. Comecem fazendo uma faxina na moral e nos bons costumes para que a boa ética volte a prevalecer em nossas vidas. Pois são vocês que detêm o poder, pena que não o exercem da forma como deveria ser.

Então, senhores do poder, em vez de nos chamarem de sub-raça, de ladrões e de mulambos, comecem uma auto higienização. Que, dessa forma, o país irá se modernizar em todos os conceitos, a receita ficaria maior e poderia ser usada em prol daqueles que vocês auto denominam de inferiores. E seguindo nesse caminho, os ladrões iriam acabar, pois haveria trabalho para todos, os mulambos acabariam, pois todos teriam roupas novas devido o trabalho conquistado, e não haveriam os inferiores, o que existiria, seriam cidadãos, que teriam todo o direito, assim como eu, de expressar a sua felicidade, nos campos de futebol, sem serem discriminados por causa disso.
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 13/04/2014
Alterado em 15/03/2018
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