Mauro Veríssimo
"Não posso dizer o que não sei, mas posso dizer que a amo intensamente. Minha vida, a ti pertence."
Textos
A Viagem
(Homenagem aos Enfermeiros)
 
 
E o milagre acontece, como já é visto desde o início dos tempos modernos da nossa recente história milenar, a preparação do momento em que a vida fica por um fio, o ato e a plenitude do desfecho de um grande caso de amor entre os guerreiros do Salvador e as criaturas do Hades, em prol da cura dos necessitados, que perderam o seu elo com a saúde corpórea, a história hipocrática entre o ser febril e o mestre, num elo que nunca terá fim.
 
Desde o preparo do paciente ante as vésperas da intervenção cirúrgica até a sua respectiva alta. Há uma grande travessia que o destino lhe reserva, uma Epopeia, que o leva ao sono profundo, que o faz passar pelas portas de Morpheu, viajar pelo Tártaro, até chegar ao objetivo vital, clamar pela própria cura, pela própria vida, aos pés de Asclépio. Para, após o gesto solene do deus grego da medicina em prol da saúde restabelecida, poder refazer todo o caminho trilhado, voltar para o mundo dos vivos, retornar para casa, livre, vivo e são. E continuar a descrever o seu caminho até a chegada tardia do grande dia, para a viagem até os Campos Elíseos e ser recebido por toda a corte de Zeus, o grande deus do raio e senhor do Olimpo.
 
Os médicos, enfermeiros e toda a equipe médica, além de seus mentores, são abençoados por Asclépio, para salvar quantas vidas puderem, aonde for e por qualquer motivo, seja o líder ou o servo. Nesse momento os olhos são cegos e as mãos milagrosas. Grandes prodígios acontecem, por aqueles que salvam vidas, anjos mortais que imortalizam a medicina para todo o sempre.


Agradecimentos sinceros a todos vocês, que nos iluminam e orientam, mesmo diante do Tártaro, nesta guerra cruel contra Hades e suas fúrias, e mesmo assim não desistir de lutar o bom combate, como os heróis e semideuses olimpianos fizeram antes de todos nós. Porque vocês não desistem de crer que, ao olhar para a luz e acreditar que podem mudar, vocês conseguem salvar, nos salvar.

Contamos com todos vocês ó anjos da cura. Filhos de Asclépio, os bem aventurados dessa terra sem mãos, que as bênçãos do Olimpo os banhem da pura iluminação suprema. A vocês, a minha terna e eterna devoção.
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 13/12/2014
Alterado em 15/03/2018
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários