Mauro Veríssimo
"Não posso dizer o que não sei, mas posso dizer que a amo intensamente. Minha vida, a ti pertence."
Textos

Meu Inimigo, Eu

 


Como posso querer amar a outrem se não consigo amar a mim mesmo? Como oferecer para a pessoa amada aquilo que eu não tenho? Por qual motivo existe tanta relutância em se tornar melhor, quando a única ação necessária é olhar para o espelho e sentir o que está errado com o que é visto e reconhecer o porquê que está errado?

 

Em plena idade contemporânea, confundimos riqueza e felicidade como sinônimos, o que a realidade atual demonstra não ser totalmente verdade, as altas taxas de depressão, ansiedade e demais distúrbios emocionais que acarretam tentativas de suicídio em massa dos membros das classes mais abastadas das sociedades globais acaba por ser uma notícia mais comum dia após dia. Não importa lugar, país ou continente, o fato de não conseguirmos coincidir o nosso eu pessoal com o que vemos ao nos observarmos no espelho é um fator determinante para esse caos incrustado em nossas vidas.

 

Vejo-me pelo espelho, mas quem é esta pessoal que eu vejo? Que é obrigada a dizer sim, quando deseja dizer não, é atraída pela aviação, mas faz turismo por opção, opção? Ateu, porém católico não praticante, eterno poeta romântico, sedento por uma única alma que lhe diga "te amo". Nasceu para viajar, no entanto vive eternamente dentro do azilo modesto do apartamento adquirido. 

 

O que vemos em mim é o reflexo do que somos e o que queremos ser, sou um de bilhões que vivem a mesma jornada, a de não querer a vida que leva, por ansiar por dias melhores em que a felicidade será a maior riqueza e não a riqueza ser a fonte da felicidade, pois não é.

Acredito que temos que aprender a dizer não, aprender a amar o que somos e a tornar, o mais próximo possível da realidade, o que nós desejamos ser pessoalmente com o que desempenhamos como cidadão nas sociedades atuais em que vivemos.

 

A partir do momento em que nós e o nosso reflexo começarem a andar em sincronia, a riqueza física será apenas um detalhe de um universo de adjetivos que andarão lado a lado conosco.

 

Para isso comece a amar a si mesmo, mais do que a qualquer um outro e aprenda a ser você, o seu eu pessoal, sempre! Dessa forma, eu, você e todos nós conseguiremos fugir do caos social que a depressão e a ansiedade representam em nossas vidas.

 

Esta sim, será a maior fonte de riqueza que conseguiremos conquistar, conseguir olhar o nosso reflexo e se reconhecer nele.

 

 

Mauro Veríssimo

 

 

 

 

Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 07/08/2023
Alterado em 07/08/2023
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