A Valsa da Lua
As vezes faço versos de guerra,
Noutras, canções de paz.
Neste momento estou num sério dilema.
Ou aperto o botão e explodo os paradigmas,
Ou silencio e deixo a música tocar.
Uma música cigana, talvez,
Ou um balé francês, pode ser.
Voando alto ou navegando o mar profundo,
Sempre acabo olhando o céu, olhando a lua.
Que guia os meus olhos pelo espaço,
Pedindo para dançar a valsa celestial.
Ela me indica a parceira para a dança,
A cada noite uma esperança.
Meu coração bate no ritmo desta emoção,
Dependendo da mulher que me acompanha.
Quando doce, suave fica,
Quando rude, forte é o compasso.
No entanto, quando deprime,
Para de bater, fica escondido e acanhado,
Esperando um carinho obter, apenas um carinho,
Para que possa voltar a viver,
Para a alegria não vir a perder.
Ele tem ficado parado por muito tempo,
Sempre é difícil dançar ao luar,
As noites estão sempre mais frias,
Não há com quem bailar,
A parceira se foi, não vai retornar.
Espero que a lua acerte agora,
Para a valsa voltar a dançar,
A esperançar voltar a cantar,
Que a dama eu venha a encontrar,
E enfim amar ao som e a luz do luar.