Mulher! Quem Sou Eu Sem Você?
Pode ser que eu não ame você como deveria,
Você, com quem brigo e amo,
Um verdadeiro elo de discórdia e ternura,
Que acontece aqui no meu peito,
Quando você está presente ou ausente,
Da minha presença, da minha vida.
Adoro passar as tardes de junho a meditar,
Escrever as vezes, para preencher o vazio de amor,
O pôr do sol é o nascimento da esperança,
De um novo amanhã, melhor que o dia de hoje.
Pelo menos é uma esperança que sempre se renova,
E fica mais evidente quando você está presente.
O sol fica radiante, a vida fica empolgante,
Até parece que retorno a ser criança,
Quando vejo você na minha frente.
Esqueço das dores, mesmo a raiva é doce,
No momento em que teu sorriso,
É direcionado apenas para mim,
Mesmo irritado, você me deixa fascinado.
Em alguns momentos, nós temos que refletir,
Que nem sempre poderemos ser,
A resposta para aqueles que amamos.
Temos que entender os nossos limites,
Ou sucumbiremos ao sofrimento e a dor,
De não atendermos as expectativas,
Que criamos com o nosso virtual estilo vida.
E que nos aprisiona e tortura,
Nessa pessoa que somos,
Mas que não queremos ser,
Por não ser a nossa natureza.
Entre uma canção e outra continuo a pensar,
A tarde continua seu curso, conforme seu destino.
Entre mim e meus pensamentos,
Lembro da nossa felicidade,
Uma alegria plena, havia tristeza,
Mas não nos dominava.
Já que éramos um só, era o que importava,
Tudo se encaixava em nosso mundo,
Nada faltava.
Lembro do teu beijo, sempre quando o sol se põe,
Não esperava ter os céus nas mãos,
Mas você o deu para mim.
Que dia mágico em que a noite virou dia,
E me tornei o homem mais feliz do mundo.
Agora passo os dias aqui nesta praça,
Vejo os meus erros e acertos,
Nossos enlaces e brigas....
...Como sinto a tua falta!
Estou de costas para a vida,
Já que ela está ao avesso.
Não faz sentido lutar,
Sem ter o teu coração batendo,
Aqui, junto ao meu.
Por favor, se você escutar o vento,
Saiba que numa dessas brisas está o meu recado,
De que você era e sempre será tudo para mim,
Preciso que volte para o nosso ninho,
Que esteja novamente em meus braços.
É vital sentir a tua vida,
Enrolada em torno da minha,
Para retornarmos a ser únicos,
Como sempre fomos e voltaremos a ser,
Um dia. Sim. Um dia.
Veja o meu recado neste sussurro descuidado,
Uma brisa suave, brisa apaixonada...
Venha assistir a este pôr do sol comigo,
Ainda sou aquele sonhador alegre e gentil,
Um grande líder, forte e batalhador.
Que nunca faltou ao combate,
E sempre salvou a quem podia.
Neste momento, preciso ser salvo,
E você é a minha salvação.
Então vem e me toca, me abraça forte,
Com você eu retorno a ser o que sempre fui,
Um guerreiro de luz, cavaleiro celestial.
Sem você sou negro, cinza e escuro,
Vazio por dentro, invisível e indigno,
Da história de amor que um dia tivemos.
Poderei bailar pelo ar novamente,
Caso escute o meu pedido de perdão,
Que enviei nessa brisa que cantarola,
Com este fim de tarde como testemunha.
O anoitecer será fascinante, eu acredito!
No dia em que você retornar,
Pois as estrelas ficarão mais brilhantes,
A lua timidamente radiante,
Deixará o céu em clima de núpcias,
Para que nunca mais tenhamos que lembrar,
O tempo que ficamos distantes.
O sol será nosso padrinho, o céu o altar.
Para a celebração do nosso amor sacramentar.
As constelações serão as testemunhas,
Da festa que está para começar,
Da comprovação do nosso grande amor,
Que entre guerra e paz contribui,
Para as belezas e alegrias do nosso universo.
Mauro Veríssimo
Enviado por Mauro Veríssimo em 08/06/2020
Alterado em 08/06/2020