Imaginar a alegria de viver, mas sem ter com quem compartilhar,
É estranho, um amor contido por não ter a quem oferecer,
O vácuo social que se irradia pelo corpo, pela mente,
Sem que haja uma solução, apenas a esperada esperança,
Que nada mais é do que um sentimento,
Que alimenta e sacia o nosso desespero, que não tem fim.
Vivo pelo mar da solidão, do horizonte, apenas vejo o pôr do sol,
Que fascina por sua maravilhosa beleza, magistral e divina.
Quem dera compartilhar com você, que nem sei se existe,
Mas que habita o meu corpo, a mente e o espírito,
Até quando viverei nesse mar sem vida?
Quando será o fim desta malfadada sentença?
Que me arrasta para um ambiente cinza e sem amor?
O Gracejo do poeta é poder falar por palavras,
O que ele sente no peito e, principalmente,
Que outros possam entender o seu sofrimento,
As suas dúvidas e a falta de perspectivas quanto ao seu destino.
Assim sou eu, entendido por todos,
Mas inexplicável para mim mesmo.
Espero poder atravessar mais esse vagalhão,
E ver o que há por vir,
Apesar de não haver parceira em minha jornada,
Ainda há tempo para o encontro,
Não se trata de esperança, apenas um sentimento,
Que luta para não morrer,
Assim como o coração dentro de mim,
Que há tempos parou de bater,
Por não ter a quem oferecer os compassos do seu passo,
Por não ser o centro do universo de alguém.
Viva a vida, viva aos encontros inesperados,
Que, pela incerteza se encontram,
E pelo destino se eternizam.
Apenas desejo enxergar aquilo que não consigo ver,
O amor que, sendo vital para a minha vida,
Deve ser exercido com paixão,
Unicamente para parceira que,
Num maravilhoso dia, eu a irei encontrar.
Nesse momento, a fantasia deixará de ser uma realidade,
E passará a ser um pesadelo há muito passado,
Já que por esses dias futuros,
Finalmente estarei apaixonado,
Pela linda mulher que hoje...
... Só existe em meus sonhos.
#mauroverissimo